segunda-feira, 7 de setembro de 2009

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ele sabia que devia doer. era pra doer, não... mas era. Olhava pro rosto dela e sabia qe ela queria, queria que doesse. era uma sádica antes de ser qualquer coisas que pudesse. E batia. Começando de leve, depois com força. Ele dizia não, mas era tão baixo, que ele nem devia escutar se não estivesse prestando atenção. Às vezes não estava mesmo.

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estava doendo. Mas e daí? Cada vez que ele batia, cada vez que ele empurrava mais fundo, sentia algo lá dentro se mexer e doer. Queria reclamar, mas não reclamava. Às vezes reclamava, mas era tão baixo que logo depois não tinha certeza se tinha reclamado mesmo. E ele continuava, batendo e ela deixava, pedia... Queria. não sabia pelo que queria se penalizada, isso seu analista lhe diria no seu devido tempo, ali só sabia que a dor, comparada ao prazer, se tornava uma insignificante parcela dos acontecimentos.

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