segunda-feira, 7 de setembro de 2009

(...)
ele sabia que devia doer. era pra doer, não... mas era. Olhava pro rosto dela e sabia qe ela queria, queria que doesse. era uma sádica antes de ser qualquer coisas que pudesse. E batia. Começando de leve, depois com força. Ele dizia não, mas era tão baixo, que ele nem devia escutar se não estivesse prestando atenção. Às vezes não estava mesmo.

(...)

estava doendo. Mas e daí? Cada vez que ele batia, cada vez que ele empurrava mais fundo, sentia algo lá dentro se mexer e doer. Queria reclamar, mas não reclamava. Às vezes reclamava, mas era tão baixo que logo depois não tinha certeza se tinha reclamado mesmo. E ele continuava, batendo e ela deixava, pedia... Queria. não sabia pelo que queria se penalizada, isso seu analista lhe diria no seu devido tempo, ali só sabia que a dor, comparada ao prazer, se tornava uma insignificante parcela dos acontecimentos.

(...)

domingo, 23 de agosto de 2009

A luz mudou, completamente, sem que eu abrisse ou fechasse os olhos ela aumentava e diminuia, longe do meu controle e isso era muito bom. As paredes perderam as quinas, se uniam de uma forma única, lado a lado, como que irmãs e todas as letras, coloridas como nunca, se mexiam como que ampliadas por uma lupa.
As mãos simplesmente existiam. Existiam completamente e estavam cheias de vida, e sensações, elas poderiam ficar apenas ali existindo, mas a minha outra parte insistia em toca-las e eu não conseguia dizer que era sensação demais. Aí eu ria.
Mas o melhor de tudo era a sensação inebriante de felicidade que me fazia rir do ar.
Era apenas a possibilidade de sorrir que me deixava tão fantásticamente feliz que manter os olhos abertos era dificil, mas eu queria os olhos abertos, porque ver tudo aquilo me deixava mais feliz.
Essa sensação em outro momento poderia ser contraditória e me deixar ansiosa, mas naquele momento era apenas a pura felicidade.
Uma felicidade que não pode ser traduzida em palavras, porque não era racionalizada.
Era apenas sentimento.
Um sentimento enorme de um gramado rosa e liso bem no meio da minha garganta.
Mas eu sei que pode ser maior.
Não quero imaginar como pode ser maior.
Quero me surpreender.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Caso eu não fique louca nas próximas horas, alguém poderia me dar um puxão de cabelo para que eu perceba que ainda continuo viva?

Juro que não é apenas masoquismo.


Juro mesmo!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Anyway...



Eu olho pro infinito
E você de óculos escuros.
Eu digo: "Te amo!"
E você só acredita quando eu juro.

Forçar a histeria até onde ela pode ir não é um bom método, mude sua estratégia, ou você pode perder a guerra. Você não consegue sentir as cortinas fechando? Não consegue sentir o ar ficando pesado e quente como naqueles dias em que a chuva fica pesando em nuvens escuras e demora a descer. Às vezes vem chuva, às vezes vem tempestade... O que você acha que pode vir de mim? Brisa? Orvalho? Garoa? Não gastaria meu palco com cena pequena, você deveria saber disso...

Eu lanço minha alma no espaço,
Você pisa os pés na terra.
Eu experimento o futuro
E você só lamenta não ser o que era.

Não subestime. O que você conhece de verdade? O que você quer de verdade? Alguma coisa que não pode ter nunca? E assim poder perpetuar sua sagacidade óbvia e a sua certeza de coisas mal fadadas? Não importune com bobagens.

Eu corro todos os riscos,
Você diz que não tem mais vontade.
Eu me ofereço inteiro
E você se satisfaz com metade.

É absurdo como seu livro aberto tem me deixado entediada. Mostre que você pode mostrar e ainda surpreender, eu sei que você pode.

É a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa não te espera!

* Versos de A seta e o Alvo - Paulinho Moska

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Começando...

Já estava ficando tarde, mas a nova casa é inaugurada!

Não chorem, o Ócio antigo continua lá, com tudo no mesmo lugar, se quiserem reviver o passado cliquem aqui e vocês terão acesso a todas as bobagens que já escrevi.

Mas agora, a vida é aqui!

Sejam bem vind@s!